LIMITES PARA BEBÊS E CRIANÇAS

Você pode se perguntar, algumas vezes, qual é o momento certo para estabelecer limites para seu filho. Limites para um bebê? Como assim?regras-limites_edited-1
A resposta é sim! Desde o nascimento, o bebê já começa a se deparar com situações que vão construir, no futuro, as noções de limite. Tudo aquilo que frustra o bebê, já vai impondo certos limites. A ordenação, ou chamada “rotina”, constitui os primeiros limites apreendidos pela criança e ajuda a tranquilizá-la.
Com o tempo e a maior mobilidade, os bebês passam a conseguir se deslocar e explorar o mundo. Engatinhando e depois caminhando, os bebês se tornam exploradores e “pequenos cientistas”. Sem noção de limites e perigo, cabe aos adultos a tarefa de encontrar o equilíbrio entre permitir que a criança explore o mundo e ouça diversos “nãos”.
Dizer NÃO é importante, mas explicações muito elaboradas não funcionam para crianças de até 3 anos. Se quiser, justifique a intervenção com uma ou duas palavras que a criança entenda. É preciso estabelecer regras claras, que não se modifiquem com o humor ou a disposição dos pais. Os pequenos percebem quando isso acontece e podem tentar várias artimanhas até você ceder.
Dicas práticas:
– Economize o não: deixe o ambiente seguro e adequado para um bebê ou criança;
– Ofereça alternativas: se retirar um objeto perigoso da mão do bebê, ofereça outro com o qual ele possa brincar;
– Diga de forma carinhosa, mas firme e sem sorrir, quando a situação demandar;
– Para crianças maiores, participar de rotinas da casa, com pequenas tarefas (adequadas à idade) como guardar os próprios brinquedos, também é uma forma de estabelecer limites.
Não esqueça que a educação é algo constante, que exige repetição, dedicação e paciência. Porém é fundamental para criarmos adultos social e emocionalmente saudáveis.
O pediatra e psicanalista britânico Donald Winnicott dizia: “É saudável que um bebê conheça toda a extensão da sua raiva. Na vida, existe o princípio do desejo e o princípio da realidade. Uma criança a quem se cede em tudo imediatamente, ‘a quem nunca se recusou nada’, como dizem os pais, suporta mal a frustração. Muitos desses pais que cedem sempre veem o filho no presente, ao passo que aqueles que sabem dar sem mimar, veem o filho no tempo e no futuro. Eles lhe oferecem perspectivas, lhe mostram o valor do desejo e da espera, para melhor saborear o que é obtido”.

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