Chegamos ao fim

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 20: CHEGAMOS AO FIM

Chegamos no último passo do Manual da Separação. Na verdade, não é um passo que traz direcionamento. Ele vem para provar resultados através de relatos de mulheres que vivenciaram um divórcio e se reconstruíram, ou não.

Muitas, olhadas de fora, pareciam plenas delas mesmas, em novas composições familiares e novos rumos. Porem, quando as perguntas invadiam fatos passados, recuavam, desistiam, pediam para não falar. Foi aí que ficou claro a importância dos passos: àquelas que fizeram do divorcio uma oportunidade para crescer, que vivenciaram a dor como um caminho natural de cura, estavam realmente reconstruídas, em paz com elas mesmas e com a sua própria historia. Enquanto que outras, as vezes pela urgência da própria dor, criaram atalhos para uma nova vida, sem referendar o caminho. Elas simplesmente chegaram ali e não sabiam como. Acumulavam dores, raivas e aquele buraco que faz com que este assunto não seja bem-vindo. Tive que desistir de muitas entrevistas e mesmo assim, aprendi com todas elas. Mas, o mais importante: me mostraram que eu estava certa.

Para um bom divorcio é preciso ter paciência, comprometimento, estabelecer prioridades e fazer as pazes com a gente mesmo.

Convido vocês a observarem alguns relatos, aqui compartilhados para perceberem que é possível um melhor caminho. Separar bem é sim uma decisão da gente, independente do outro. O que não quer dizer que seja fácil, porquê não é.

“Nos últimos meses eu me auto abraçava na cama. Já tínhamos nos separado há muito tempo, e eu não queria ver.”

“Vivíamos de ilusão. Casamento morno e de fachada. Tinha espaço, sim, para ele buscar alguém. Acabou acontecendo. ”

“Numa noite, minha filha veio chorando e pedindo o papai de volta. Chorei com ela, querendo ele também. Mas no fundo eu sabia que, depois de quebrado, não tinha mais volta. ”

“Eu namorei, noivei, casei, tive filha. E nada me fazia feliz. Nada. Vivíamos o dia a dia. Um dia, falei que não era feliz e que não queria mais. Doeu muito. Mas foi o dia que mais gostei de mim. ”

“Quando ele saiu com o pai para um primeiro final de semana, bati a porta de casa e fui encostada nela, me abaixando lentamente, com uma dor absurda dentro de mim. Não me lembro quanto tempo fiquei ali. Só sei que chorei por horas até esvaziar tudo que tinha. Depois disso, a cada ida, doía menos. ”

“Ontem no almoço de domingo olhei para os meus meninos do primeiro casamento, dando pão para a minha bebê do segundo casamento. Meu marido contando piada, com as filhas dele me ajudando a servir e me senti a pessoa mais feliz do mundo. E olha que eu já estive no fundo do poço. ”

“Hoje, depois de tudo, toda a vez que encontro o pai dele, penso: porque eu não me separei antes? Estamos todos muito melhores e mais felizes. Gosto do pai dele, só não gosto para mim. ”

“Demorei anos para me recuperar de uma traição. Tive muita raiva e acabei dificultando. Tempos depois me dei conta que já tínhamos desistido de nós mesmos. Só que era cômodo manter. Foi sofrido. Mas, depois de alta na terapia, conheci o C. Entendi que o que tinha era nada. Casei cedo demais, tive filhos.

Fui cuidar de mim muito tempo depois. ”

“Hoje somos avós de quatro lindas meninas. Nos casamos de novo ao longo da vida. E quando dividimos momentos familiares, me sinto uma sábia e bem vivida senhora de 70 anos. Gosto de mim, sabe? ”

“Quando o avião pousou e vi que teríamos um final de semana só para nós, sem filhos, pensei: acho que deveria dar a mão para ele. Me dei conta que estava no automático. Transava só para não criar problema e ouvir reclamações. ”

“Foi um fim tão triste. Choramos quando contamos para eles. Crianças choravam também. Mas passa, viu? Nem lembrava mais disso. Tive apertos ao longo da separação e depois dela. Me senti sozinha e com medo. Mas a cada ganho pessoal, me sentia orgulhosa de mim mesma. Acho que é para isso que funciona. Para sabermos que podemos ir além. ”

“Sabe qual a melhor parte de mim? Meus filhos. Como poderia sustentar um ódio pelo pai deles? Impossível. Trouxe todos para perto de mim. As crianças vibram quando estamos todos harmonicamente juntos. Ah! Te contei que quando ele viaja com a atual esposa e meus filhos, sou eu que fico com o cachorrinho deles? E as crianças adoram contar isso. ”

“Sabe aquele medo de se decepcionar com a gente mesmo? Pois, então. Ou eu fazia alguma coisa naquele momento, ou eu envelheceria presa ali e infeliz. Foi a atitude mais certeira que tive. Não me arrependo. ”

“Até hoje, quando lembro de algo daquela época, me arrepio. Foi uma luta. Mas isso é vida, né? E ela pode ser bem menos complexa se for vivida de verdade. A minha é de verdade. Com altos e baixos. Deixa eu pensar um pouco…. Sim, eu sou mais feliz depois de tudo. ”

By: Núcleo da Separação

Alienação Parental e Familiar

A alienação parental é um comportamento de abuso emocional, que vitimiza as crianças envolvidas, que o alienador, normalmente aquele que detém a guarda dos filhos, pratica em relação ao outro genitor (pai ou mãe). Pode se dar de diversas maneiras e já temos, felizmente, Lei própria que define a prática danosa dessa atitude perversa e traz punições. Este comportamento aparece em separações traumáticas, que envolvem raiva e dor desmedida. Crianças ficam no meio de uma guerra travada entre os pais, tem o comprometimento da sua saúde psíquica e herdam danos preocupantes quando um dos pais, mesmo sem saber o que está fazendo, pratica alienação parental. Ela pode ser exercida contra o pai, mãe ou até mesmo em relação a outros familiares, como os avós.

Desta forma, a alienação parental se traduz em programar uma criança para repudiar, sem motivo, o pai ou a mãe até que a própria criança ingresse na trajetória de desconstrução deste genitor. O reflexo destas atitudes nos filhos é chamado de Síndrome de Alienação Parental, manifestando-se como um transtorno pelo qual um genitor (pai ou mãe) transforma a consciência dos seus filhos, mediante várias estratégias, com o objetivo de impedir, ocultar e destruir os vínculos existentes com o outro, que surge principalmente no contexto da disputa da guarda das crianças, através de uma campanha de difamação contra um dos pais, sem justificativa.

Formas de alienação parental:

– Realizar campanha de desqualificação do outro.

– Dificultar o exercício da autoridade parental.

– Dificultar contato da criança ou adolescente com genitor.

– Dificultar o exercício da convivência familiar

– Omitir informações pessoais e relevantes sobre a criança ou a adolescente.

– Apresentar falsa denúncia contra genitor.

– Mudar domicílio para local distante, sem justificativa.

Caso uma destas hipóteses esteja ocorrendo dentro da sua família, é importante buscar ajuda para as crianças, informar seu advogado para que medidas de proteção sejam imediatamente tomadas. Ou se, ao lerem estas hipóteses, perceberem em si a prática de alguma delas, mesmo que inconsciente, fazendo uso dos filhos para alcançar este fim, através da raiva, é aconselhado buscar imediatamente uma ajuda pessoal. Nunca é tarde para recomeçarmos os passos, melhorarmos a comunicação entre o ex-casal e, mais do que tudo, preservarmos os filhos de tudo isso.

By, Manual da Separação

Tudo o que você precisa saber sobre Alienação Parental

A alienação parental ocorre quando uma das partes influencia o filho a tomar partido e a se colocar contra a outra parte. Aí, entra o papel do judiciário, que oferece meios de proteger os filhos, a partir de recursos legais, e, também o papel dos profissionais que podem ajudar pais e filhos neste momento, como o psicólogo.

Isso pode se dar de diferentes maneiras, como proibir que o pai/mãe veja a criança, fazer chantagens, manipular, influenciar a criança ou adolescente contra o pai/mãe, dificultar visitas, omitir informações sobre os filhos, apresentar falsas denúncias para dificultar a convivência, entre outras atitudes que prejudicam ou impedem a relação do filho com um dos genitores.

Como e a quem buscar ajuda em caso de alienação parental?

Se você está passando por uma situação semelhante e já tentou várias alternativas, mas nada resolveu o problema, talvez seja o momento de pensar em buscar ajuda judicial, uma vez que a prática da alienação parental é prejudicial à formação psicológica e afetiva de crianças e adolescentes.

Então, qual a melhor maneira de lidar com essa situação?

A realidade é que a separação envolve sofrimento, mudanças e muitos desafios. Por isso, é um momento de buscar manter a calma, procurar ajuda, se necessário, e, principalmente, apoiar e conversar muito com os pequenos, para que eles sofram o mínimo de impacto possível.

Luciana Tisser é psicóloga, especialista em Neuropsicologia e em Grupoterapia além de mestre e doutora em Ciências da Saúde – Neurociências e autora de diversos livros infantis e instrumentos de acesso nesta área.

Núcleo da Separação com filhos (saiba mais).

Clique aqui para conhecer todos os produtos disponíveis para ajudar os pequenos nesse momento.

Equipe Núcleo Separação

Casa BBDU e o Manual da Separação criam núcleo da separação com filhos

Amigas de longa data Juliana Martins, Luciana Tisser e Paula Britto se reencontram num ambiente profissional com o mesmo objetivo: acolher e orientar famílias.

Luciana e Juliana, psicólogas, inauguraram a Casa BBDU um espaço pensado para famílias com crianças e adolescentes. Paula, advogada, escreveu o livro Manual da Separação um guia prático que conduz ao bom divórcio.

Desta união, surge o núcleo da separação com filhos.

O que somos:

Somos uma equipe multidisciplinar de profissionais capacitados e especializados em separações e divórcios que, através de várias abordagens, acolhe e fortalece famílias que passam por este processo.

O que queremos:

Acolher famílias com crianças e adolescentes que estão passando por esta crise de reestruturação familiar mas que, bem orientados, poderão ser conduzidos de forma mais fortalecida e menos traumática.

O que oferecemos:

– Produtos criativos e de uso prático que auxiliam neste momento sensível (ex: livros para adultos e para crianças, calendário da família, papa medos, spray de monstros)

– Rodas de conversas com temas necessários para um melhor encaminhamento do divórcio

– Conteúdo de qualidade através das nossas redes sociais sobre assuntos pertinentes ao tema.

– Cursos e palestras para orientação de profissionais da área da psicologia e do direito que atuem nesta área específica;

Núcleo da Separação com filhos (saiba mais).

Clique aqui para conhecer todos os produtos disponíveis para ajudar os pequenos nesse momento.